Eletrônicos em excesso colocam em risco o desenvolvimento de crianças e adolescentes



Não é novidade que o uso de telas em excesso pode afetar a rotina de sono e atividades cotidianas até mesmo dos adultos. Mas, quando o assunto é a primeira infância, o alerta ganha outra proporção.

Um estudo, realizado recentemente pela consultoria Kantar Ibope Media mostrou um novo dado que chama a atenção: o aumento no uso de telas, como celulares e tablets, entre crianças de 0 a 3 anos. Se antes, essa porcentagem beirava os 15%, durante a pandemia saltou para 59%.

De acordo com Aline Diniz, neuropsicóloga do Instituto do Cérebro e Coluna (ICC Guarulhos), esse dado é especialmente preocupante porque, na primeira infância, ocorre a formação da arquitetura cerebral, que será o alicerce para a vida adulta.

“Além do mais, o uso de telas em excesso piora a qualidade do sono, o que impacta também na alteração do humor, redução da capacidade cognitiva, sedentarismo e até mesmo no crescimento”, explica a especialista.

Embora cada criança tenha seu próprio ritmo e configuração familiar, até os três anos é recomendável que o tempo de sono varie entre 11 a 13 horas por dia, incluindo as sonecas.

Nessa fase, os pais devem deixar que as crianças durmam o tempo necessário, pois o sono é fundamental para o fortalecimento da memória e o desenvolvimento do cérebro.

Engana-se quem pensa que os adolescentes estão liberados dessa regra. Mesmo para eles, deve haver limite no tempo de exposição a eletrônicos, isso inclui celular, videogame, tablet e computador.

Ainda que, durante a pandemia, os eletrônicos tenham sido essenciais para seguir a rotina de estudos, é importante agora, com a retomada, que os limites sejam novamente impostos, mas não de maneira autoritária e sim combinada.

“Mesmo em casa, a rotina é essencial, tanto para as crianças quanto para os adolescentes, com horários livres para relaxar, descansar, brincar ou mesmo dialogar”, ressalta a Dra. Diniz.

Fonte: Comunica – Assessoria em Comunicação